Aqui vai mais um e-mail que eu recebi sobre a realidade no ensino secundário.
“Algo se passa no reino do Ministério da Educação!
O ano lectivo abriu bem, com os professores colocados, mérito que deve, em rigor, ser repartido com a anterior ministra e com o director geral dos recursos humanos contratado por Maria do Carmo Seabra para resolver a embrulhada informática - o único que não foi substituído.
Em vez de valorizar a função docente, tratou os professores todos como incompetentes, desmobilizando os milhares que têm paixão pela escola.
Os sindicatos dos professores ajudam, pois convocam uma greve irresponsável, aos exames - e aqui a ministra esteve bem.
Não esteve bem, de facto, ao contratar aulas de inglês à pressa a institutos quando há milhares de professores com horários zero.
Foi precipitada e demagógica ao obriga os professores a estarem muito mais tempo na escola, sem fazerem nada
O ambiente nas escolas é péssimo - e não há boa escola com os professores desmotivados pelo próprio ministério e desconsiderados pela opinião pública.
Agora, mandou retirar os crucifixos, em resposta a uma obscura associação a quem coube a iniciativa de enviar uma carta muito laica e republicana à ministra e que se deu ao trabalho de elaborar o dossier anexo, disponível online.
E, não contente, vai reduzir para 3 os exames do 12º ano, reduzindo a exigência - aonde está a busca da qualidade de tanto se fala.
Por fim, o ministério apresenta agora uma proposta de uma lei que instituí o visto prévio nos manuais escolares. Como é típico das "democracias avançadas no limiar do século XXI" (!!!) e prepara-se para contratar centenas de professores para, de forma centralizada e sem recurso possível, desencadearem a operação de censura prévia dos livros de filosofia, história, geografia, português, etc. Mais uma vez a desconsideração face aos professores e face à escola, pois deixam se ser estes, e as escolas, (isto é:o mercado) a fazer a selecção da oferta, em liberdade.
Como se não bastasse, tem um secretario de estado que não hesitou em divulgar o absentismo dos professores, mas que mente sobre as suas próprias faltas e falta à palavra dada no processo eleitoral para a escola de que foi presidente.
Que se passa com a educação, afinal?”
12.09.2005
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