12.22.2005

Enfim, férias!

Nesta época Natalícia não me está a apetecer escrever. Mesmo nada.

A minha inércia  ainda aumentou pelo facto de a noite de ontem nada ter tido de Natalícia, nem de pacífica.
Depois do “combate” entre Mário Soares e Cavaco Silva há uma pergunta que se impõe.
Será que alguém mudou de opinião em função do debate?

Penso que qualquer debate entre Mário Soares e Cavaco Silva, duas personalidades, sobejamente conhecidas da nossa recente democracia, muito dificilmente poderia levar a grandes alterações na intenção de voto. Suponho que as sondagens não vão contrariar a minha teoria.

Mesmo os mais incautos pensavam que apenas uma hecatombe poderia conduzir a alterações significativas no panorama nacional. Por isso também facilmente se conclui, se necessidade de mais evidências houvesse, que não são precisos mais debates televisivos para coisa alguma.

Na sequência do espectáculo de ontem a minha opinião sobre os dois candidatos alterou-se significativamente. Mário Soares ao tentar algo de inexplicavelmente mau conseguiu que eu, quem me conhece sabe muito bem que nunca fui cavaquista - antes pelo contrário –, tenha ganho a consciência que no dia 22 de Janeiro nunca me poderei abster de expressar a minha opinião. E sobretudo, não poderei deixar que outros façam por mim a escolha do próximo Presidente da República. No meio daquele pesadelo, foi um alívio ter chegado a uma conclusão tão clara. O meu voto não pode ser outro.

A vertigem do poder deve ser deveras estupidificante. Antes Otelo Saraiva de Carvalho, e agora Mário Soares. Dois homens diferentes, que outrora se confrontaram e que têm um fim muito semelhante.

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