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Irmãos Pinto (Público online)
9.27.2005
9.23.2005
Quem tem dúvidas?
Quem tem dúvidas que tenha existido um pré-acordo entre Fátima Felgueiras e o PS?
De facto, os últimos anos de casos mediáticos, uns mais do que outros, demonstram que a Justiça não é indiferente às pessoas envolvidas. Quem já se esqueceu da presença lado a lado com Fátima Felgueiras do homem que também em 2001 foi o coordenador autárquico do PS, quando já existiam evidências dos processo levantados meses depois.
É deveras estranho todo o processo de chegada de Fátima Felgueiras e facto de a Juiz, para surpresa de todos (advogados incluídos), ter levantado o mandato de prisão preventiva. De facto, como é que alguém que cometeu um crime fugindo à Justiça, não corre o risco de o fazer outra vez?
Em Portugal, só ficam presos os Bibis.
Todos arguidos, todos diferentes!
Quem tem dúvidas que tenha existido um pré-acordo entre Fátima Felgueiras e o PS?
De facto, os últimos anos de casos mediáticos, uns mais do que outros, demonstram que a Justiça não é indiferente às pessoas envolvidas. Quem já se esqueceu da presença lado a lado com Fátima Felgueiras do homem que também em 2001 foi o coordenador autárquico do PS, quando já existiam evidências dos processo levantados meses depois.
É deveras estranho todo o processo de chegada de Fátima Felgueiras e facto de a Juiz, para surpresa de todos (advogados incluídos), ter levantado o mandato de prisão preventiva. De facto, como é que alguém que cometeu um crime fugindo à Justiça, não corre o risco de o fazer outra vez?
Em Portugal, só ficam presos os Bibis.
Todos arguidos, todos diferentes!
9.21.2005
Ambiente de fim de festa: Depois da Condecoração dos U2, o Presidente da República recebe Jorge Costa.
Se bem nos lembramos o nosso Presidente interrompeu as suas férias para condecorar o famoso grupo U2. E provavelmente também recordamos a celeuma que causaram os comentários de Helena Ramos na sua coluna de opinião no Público que teve direito a “recado” preconizado por Maria João Seixas.
Agora segue-se o futebolista Jorge Costa do Futebol Clube do Porto, que já há alguns anos abandonou a selecção, com direito a grande destaque nos jornais e televisão.
Jornal de Notícias - Jorge Costa recebido no Palácio de Belém .
E o silêncio relativamente ao estado do País, nomeadamente aos últimos dois meses de nomeações mantém-se.
Agora segue-se o futebolista Jorge Costa do Futebol Clube do Porto, que já há alguns anos abandonou a selecção, com direito a grande destaque nos jornais e televisão.
Jornal de Notícias - Jorge Costa recebido no Palácio de Belém .
E o silêncio relativamente ao estado do País, nomeadamente aos últimos dois meses de nomeações mantém-se.
9.19.2005
“Empresa na hora”: um embuste com “ONDAS DE PRAZER”
Agora já é possível criar uma empresa no próprio dia. Entusiasmado pelo “sucesso” apregoado pelo governo, depois de uma ida ao site do ministério da justiça, onde o link “empresa na hora” não funcionava, recorri ao Google e lá dei com o ao site que os ministérios da justiça e da economia disponibilizaram para a Criação da empresa na hora.
Qual não é o meu espanto quando verifico que, para além de ter de aderir a estatutos pré-aprovados, tenho de escolher um dos muitos nomes disponibilizado ao Estado antecipadamente pelo Registo Nacional de Pessoas Colectivas. Ou seja: eu crio a minha empresa, com estatutos que eu não fiz e com um nome que não desejo. Nada mau para quem diz apostar na inovação. Fui então à procura do nome ideal. Confesso a minha perplexidade com o que li. A malta do MJ deve andar muito inspirada e propõe aos novos empreendedores lusitos que criem a suas empresas sob nomes auspiciosos: ACRÓPOLE DE VÉNUS, AFTER SHOW, BEIJO DO SOL, ÍNDEX DE SONHOS, LOUCURITAS, LUGAR D'AFRODITE, VÉNUS DE CÍTERA, VOLUTAS DE ÁGATA, SHOW DE QUALIDADE, SEX APPEAL, RYTMUS MEXIDOS, PECADO GENIAL, BLIND DATE, ONDAS DE PRAZER, etc. Pela amostra, ficamos com uma ideia da prioridade do governo em matéria de iniciativa e empreendedorismo: o negócio da noite, em especial os ligados à dança, alterne, prazer e copos. Imagino o gozo que a rapaziada do gabinete do secretário de Estado da Justiça não terá tido ao elaborar, em estilo brainstorming, esta listagem muito criativa.
Não, não é um JOGO DE PALAVRAS (ainda disponível, corra já atrás do nome), é a lista dos nomes prontos a servir, made by Sócrates
Agora, avance e crie a “sua” empresa na hora. IT'S YOUR TURN também está disponível. E se ainda acredita no apregoado choque tecnológico, olhe que PINHOLÂNDIA aguarda a sua iniciativa para dar nome à “sua” empresa.
Para quando uma reformulação séria do processo de criação de empresas, em vez de um mero “short cut” engenhoso, mas que não resolve o problema de fundo, da burocracia? O que eu gostava era de criar a minha empresa, com os meus estatutos e se possível sem sair de casa. É menos propagandístico, mas é disto que Portugal precisa.
Agora já é possível criar uma empresa no próprio dia. Entusiasmado pelo “sucesso” apregoado pelo governo, depois de uma ida ao site do ministério da justiça, onde o link “empresa na hora” não funcionava, recorri ao Google e lá dei com o ao site que os ministérios da justiça e da economia disponibilizaram para a Criação da empresa na hora.
Qual não é o meu espanto quando verifico que, para além de ter de aderir a estatutos pré-aprovados, tenho de escolher um dos muitos nomes disponibilizado ao Estado antecipadamente pelo Registo Nacional de Pessoas Colectivas. Ou seja: eu crio a minha empresa, com estatutos que eu não fiz e com um nome que não desejo. Nada mau para quem diz apostar na inovação. Fui então à procura do nome ideal. Confesso a minha perplexidade com o que li. A malta do MJ deve andar muito inspirada e propõe aos novos empreendedores lusitos que criem a suas empresas sob nomes auspiciosos: ACRÓPOLE DE VÉNUS, AFTER SHOW, BEIJO DO SOL, ÍNDEX DE SONHOS, LOUCURITAS, LUGAR D'AFRODITE, VÉNUS DE CÍTERA, VOLUTAS DE ÁGATA, SHOW DE QUALIDADE, SEX APPEAL, RYTMUS MEXIDOS, PECADO GENIAL, BLIND DATE, ONDAS DE PRAZER, etc. Pela amostra, ficamos com uma ideia da prioridade do governo em matéria de iniciativa e empreendedorismo: o negócio da noite, em especial os ligados à dança, alterne, prazer e copos. Imagino o gozo que a rapaziada do gabinete do secretário de Estado da Justiça não terá tido ao elaborar, em estilo brainstorming, esta listagem muito criativa.
Não, não é um JOGO DE PALAVRAS (ainda disponível, corra já atrás do nome), é a lista dos nomes prontos a servir, made by Sócrates
Agora, avance e crie a “sua” empresa na hora. IT'S YOUR TURN também está disponível. E se ainda acredita no apregoado choque tecnológico, olhe que PINHOLÂNDIA aguarda a sua iniciativa para dar nome à “sua” empresa.
Para quando uma reformulação séria do processo de criação de empresas, em vez de um mero “short cut” engenhoso, mas que não resolve o problema de fundo, da burocracia? O que eu gostava era de criar a minha empresa, com os meus estatutos e se possível sem sair de casa. É menos propagandístico, mas é disto que Portugal precisa.
9.18.2005
Opinião
Um poeta oportuno, certeiro.
Pessoa conheçe como ninguém a alma portuguesa - sobretudo em tempos de neblina.
Dupont, 18 de Setembro de 2005
Pessoa conheçe como ninguém a alma portuguesa - sobretudo em tempos de neblina.
Dupont, 18 de Setembro de 2005
NO PHOTO-A-DAY
NEVOEIRO
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer -
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quere.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora!
Fernando Pessoa, Mensagem
9.17.2005
O mundo às avessas
O actor, Joaquim de Almeida, revelou numa entrevista publicada hoje pelo jornal Luso-Americano, de Newark, que vai naturalizar-se cidadão norte-americano a 12 de Outubro.
«Achei que ao fim de tantos anos começava a ser estranho não fazer parte da política norte-americana, não poder votar», explicou o actor, acrescentando: «Nasci em Portugal e tenho com o meu país uma relação de amor e ódio, porque é um país onde a política anda sempre de mãos dadas com a controvérsia».
Expresso online 16 de Setembro
Desde 11 de Setembro de 2001 que o anti-americanismo é evidente e se tornou uma militância. Estas afirmações de Joaquim de Almeida são uma surpresa contra a corrente. Contudo, apesar do não ser anti-americana primária como a maioria, temo não perceber a sua afirmação quanto à particularidade da controvérsia e da política em Portugal.
O actor, Joaquim de Almeida, revelou numa entrevista publicada hoje pelo jornal Luso-Americano, de Newark, que vai naturalizar-se cidadão norte-americano a 12 de Outubro.
«Achei que ao fim de tantos anos começava a ser estranho não fazer parte da política norte-americana, não poder votar», explicou o actor, acrescentando: «Nasci em Portugal e tenho com o meu país uma relação de amor e ódio, porque é um país onde a política anda sempre de mãos dadas com a controvérsia».
Expresso online 16 de Setembro
Desde 11 de Setembro de 2001 que o anti-americanismo é evidente e se tornou uma militância. Estas afirmações de Joaquim de Almeida são uma surpresa contra a corrente. Contudo, apesar do não ser anti-americana primária como a maioria, temo não perceber a sua afirmação quanto à particularidade da controvérsia e da política em Portugal.
9.16.2005
Debate para a Câmara de Lisboa
Foi com enorme estupefacção que assisti ao debate entre Carmona Rodrigues e Manuel Maria Carrilho. Este último, devido à sua agressividade fez com que a forma fosse mais importante que o conteúdo. De facto, como o único político presente que era, deveria saber que esse estado emocional é bastante desagradável em televisão. O marido de Bárbara Guimarães, de facto não esteve nada bem. Maior admiração me causou, se possível, foi que a menos de um mês das eleições, o impreparado candidato ainda não tenha apresentado o programa. Na situação dos seus adversários não teria aceite os debates. Para discutir o quê?
Sic Notícias, 15 de Setembro.
Sic Notícias, 15 de Setembro.
9.15.2005
Photo-a-day
A Ribeira do Porto (Autor da fotografia: panoramix)
Porto da minha infância!
A primeira impressão que me causaste
Tenho-a, cheia de espanto, na memória,
Cheia de bruma e de granito!
É uma impressão de inverno,
Sombra cinzenta, enorme, donde irrompe
Alto cipreste empedernido,
No meio de sepulcros habitados.
Teixeira de Pascoaes
A Geração Yuppie
De forma a que seja perceptível o meu elogio de Paulo Morais, vou explicar o que eu entendo ser o problema geracional que atravessa o país. A geração Yuppie (iniciais para Young Urban Professional) ao contrário da Hippie acredita no homem como indivíduo, quiçá algo individualista bem sei, mas luta pelo bem estar, aposta na sua formação pessoal, e gosta da família. Por isso, normalmente, sai bastante tarde de casa dos país aonde, mesmo assim, faz uma vida bastante independente.
O contexto desta geração, especificamente em Portugal, fazem com que nela esteja depositada a esperança deste País (como referi anteriormente) . Ao contrário da maioria que tem cinquenta-sessenta anos, os que hoje andam na casa dos trinta, aprenderam com os erros do passado, tiveram de lutar para a persecução dos seus objectivos, tiveram de estudar e só bastante tarde tiveram (alguns ainda estão a lutar) a recompensa do seu esforço. A outra geração, a que nos governa, e a que sobrevive arrastando-se pelas Universidades, teve oportunidades de ouro para uma ascensão rápida e não questionada. Após a nossa revolução de 74, tivemos os saneamentos políticos que constituíram uma rampa de lançamento para muita de mediocridade que se escondeu por detrás da capa de perseguição. Tivemos em consequência disso uma data de gente, rapidamente, ganhou visibilidade de uma forma imerecida. Os que hoje estão nos trinta, são a geração que se segue e que constitui a meu ver, a Nova Esperança.
De forma a que seja perceptível o meu elogio de Paulo Morais, vou explicar o que eu entendo ser o problema geracional que atravessa o país. A geração Yuppie (iniciais para Young Urban Professional) ao contrário da Hippie acredita no homem como indivíduo, quiçá algo individualista bem sei, mas luta pelo bem estar, aposta na sua formação pessoal, e gosta da família. Por isso, normalmente, sai bastante tarde de casa dos país aonde, mesmo assim, faz uma vida bastante independente.
O contexto desta geração, especificamente em Portugal, fazem com que nela esteja depositada a esperança deste País (como referi anteriormente) . Ao contrário da maioria que tem cinquenta-sessenta anos, os que hoje andam na casa dos trinta, aprenderam com os erros do passado, tiveram de lutar para a persecução dos seus objectivos, tiveram de estudar e só bastante tarde tiveram (alguns ainda estão a lutar) a recompensa do seu esforço. A outra geração, a que nos governa, e a que sobrevive arrastando-se pelas Universidades, teve oportunidades de ouro para uma ascensão rápida e não questionada. Após a nossa revolução de 74, tivemos os saneamentos políticos que constituíram uma rampa de lançamento para muita de mediocridade que se escondeu por detrás da capa de perseguição. Tivemos em consequência disso uma data de gente, rapidamente, ganhou visibilidade de uma forma imerecida. Os que hoje estão nos trinta, são a geração que se segue e que constitui a meu ver, a Nova Esperança.
Photo-a-day
(dream)
Qualquer coisa de obscuro permanece
No centro do meu ser. Se me conheço,
É até onde, por fim mal, tropeço
No que de mim em mim de si se esquece.
Aranha absurda que uma teia tece
Feita de solidão e de começo
Fruste, meu ser anónimo confesso
Próprio e em mim mesmo a externa treva desce.
Mas, vinda dos vestígios da distância
Ninguém trouxe ao meu pálio por ter gente
Sob ele, um rasgo de saudade ou ânsia.
Remiu-se o pecador impenitente
À sombra e cisma. Teve a eterna infância,
Em que comigo forma um mesmo ente.
Fernando Pessoa
9.13.2005
Photo-a-day
Nova Esperança
Paulo Morais depois de uma corajosa entrevista na revista Visão, mostrou-se inabalável na denúncia das situações que minam a nossa democracia, particularmente, nos últimos anos.
Parabéns ao primeiro da geração que eu acredito ter capacidade e vontade para mudar Portugal.
12 de Setembro de 2005, Prós e Contras, RTP1
Paulo Morais depois de uma corajosa entrevista na revista Visão, mostrou-se inabalável na denúncia das situações que minam a nossa democracia, particularmente, nos últimos anos.
Parabéns ao primeiro da geração que eu acredito ter capacidade e vontade para mudar Portugal.
12 de Setembro de 2005, Prós e Contras, RTP1
9.09.2005
Sounds & Whispers
Um outro blog Considerando o momento bastante amotinado por que passa o nosso país e o mundo, tive necessidade de criar um espaço para poder dizer o que penso.
Espero neste espaço tecer comentários ao que se passa e que possa ter relevância num dado momento.
Reservo-me o direito de publicar (ou não) os comentários que forem enviados por mail.
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